Bem Vindo!

TRANSEUNTES

Criado em abril de 2012, o grupo de pesquisa"Transeuntes: Estudos sobre performance e Teatro performativo" foi formado a partir da necessidade de artistas em ampliar os estudos sobre as intervenções performáticas nas ruas. Em parceria entre Professores e Alunos do Curso de Teatro (COTEA) da UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rei), o projeto consiste, entre outros pontos, em estudos teóricos sobre determinados autores que abordam o teatro nas ruas e em experimentações práticas que visam inserir o espectador transeunte na construção dos processos criativos, a partir das temáticas referentes às abordagens atuais. A pesquisa tem como principal objetivo investigar as propostas de estreitamento entre a cena contemporânea e o espectador transeunte nas ruas de São João Del-Rei, visando analisar a inserção do público como participante das ações performáticas, na busca de:

(...) Utilizar o ambiente urbano de maneira diferente das prescrições implícitas no projeto de quem o determinou; enfim, de dar-lhe [espectador-cidadão] a possibilidade de não assimilar, mas de reagir ativamente ao ambiente. (ARGAN, 1998, p. 219)

Os membros atuais do grupo Transeuntes são:

Professores - Ines Linke e Marcelo Rocco.

Alunos - Débora Trierweiler; Diego Souza; Diogo Rezende; Fernanda Junqueira; Gabriela Ferreira; Guilherme Soares; Halina Cordeiro; Henrique Chagas; Isabela Francisconi; Kauê Rocha; Nathan Marçal; Paula Fonseca; Rick Ribeiro; Tatiane Talita.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Impressões sobre as instalações



Não pude observar ao vivo as instalações, pois o Rikypossessivo me mantinha presa. Rsrs. 
Então vou comentar a partir das fotos tiradas pela Iolanda.

Júnio, achei que o local desta vez escolhido, o banheiro, deus mais potência à instalação, por ser um ambiente onde “o pecado” sempre acontece.
Talvez vc poderia ter encontrado uma outra maneira de expor as palavras que estavam penduradas no seu corpo.
Não sei se tinha música durante a sua instalação. Imagino que seria melhor se tivesse (caso não tenha tido), por causa da excelente acústica do banheiro.

Lucimelia, o vestido ficou lindo!
Qdo vi a sua foto, em frente a capela, pense: “O importante é casar pra montar uma família, não importa o vestido, nem o noivo, nem a noiva, nem o que virá depois disso, pois a família é sagrada! E o mundo tem a expectativa de que nós mulheres nascemos para isso: casar e procriar.” 

Camelia, achei provocante a sua provocação. Rsrs
Achei que faltou alguma coisa pra das destaque na sua instalação. Talvez uma mudança nas letras (cor, tamanho, forma, blablá).
Talvez se vários cacos de espelho tivessem sido colados em volta do cartaz, com uma luz fixada na parede oposta, que desse direto nos espelhos, ficaria mais chamativo.

Pedro, podre! Chocante a sua instalação.
Me fez lembrar que sacrifícios, mutilações e torturas são feitas em nome de um livro ou crença num poder superior.
Me fez lembrar tb que se fosse pra crucificar os que não seguem à risca os mandamentos de sua crença ou do seu livro sagrado, todos já estariam pregados numa cruz. 
Não há crucificação dos corpos, mas metaforicamente somos crucificados por acreditar ou não em alguma divindade.

Matheus, achei chamativo a imagem da sua instalação. Fiquei curiosa pra saber se você fala alguma coisa, pois te imaginei falando como um robô, uma fala bem quadrada e sem oscilação de tom ou intenção. 

Lebre, meu carneirinho! Acho incrível o “poder” que vc tem de mostrar algum tema, seja em forma de instalação ou performance, de maneira tão potente quanto o que acontece na “vida real”.

Mario, que não me comeu atrás do armário..o problema é quando acontece isso mesmo: a crença cega e ignorante toma conta e faz com que o indivíduo adore qualquer coisa, e faça qualquer loucura por esta coisa.


Júnio de Carvalho

 Refletirei e trabalharei na ação....
O espaço do banheiro foi pensado sim, pois é um lugar que faz parte de toda minha adolescente. Um refúgio que tinha, lugar de fuga e lamentação e prazer. E sim, é um desejo de ser posto em cena com a relação de prazer sexual x culpa cristã.

Marcelo Rocco 

Gostaria de trazer mais que uma reflexão, mas provocar vocês sobre este primeiro ciclo de impressões, não precisam responder, coloquem isto em cena: 
Júnio de Carvalho
sobre a ideia da crucificação- Quantas pessoas estão no "lugar do crucificado?", Somos vítimas? Quando nos manipulam, nos entorpecem com as suas palavras bíblicas, estes rótulos que não acabam mais... Acho interessante também quando nós rotulamos. Sobre o espaço, porque o banheiro? Um lugar masculino de fetiche, de testosterona. Qual a relação com o banheiro? Foi pensada? É um desejo de ser posto em cena? 
Matheus Correa
Quem manipula quem? Seu trabalho se aproxima bastante do trabalho do Luis, mas até que ponto somos apenas vítimas? Compactuamos com a nossa vitimização? Vamos a estes lugares pela “falta”, porque algo está vazio? Por que queremos ter? Somos bonecos? Marionetes dos outros ou também de nossas vontades? Quando nos questionamos? Adorei a ludicidade da sua construção, ficou mais perverso do que já é. Me fez pensar sobre usarmos também uma linguagem infantil. Você poderia se debruçar sobre isto? 
Camelia Amada Guedez
Achei a sua impressão muito potente do ponto de vista dramatúrgico, acho que você tem uma leitura provocativa, sem querer fechar nada, sem falsos didatismos. Gostaria que tentasse transpor isto em forma de cena, sem descartar o trabalho sugestivo e não conclusivo que você como artista possui. Poderia trazer versículos bíblicos para esta construção e brincar sobre isto? 
Mario Dmnll
A ideia do simulacro como uma espécie de religião, mas até que ponto temos total consciência disto? Como transformar este tema tão atual e complexo em cena? A maçã parece um ótimo começo, pois ela é a origem de tudo, do pecado original, da representação de uma marca mundial, como você diz, a Meca. Como vamos à Meca? Como satirizar a marca? Como trazê-la junto ao cientificismo? Como alimentar a cena? 
Luis Luís Lebre
As velas e a sanguinolência me remeteu ao vampiro NOSFERATU, você já viu? Por favor , assista. O povo sempre sugado? Mas por quem? Por quantos vampiros? A estrutura de vídeo que trouxe juntamente a encenação das roupas, vislumbro uma cena quase pronta, pré-fabricada. Achei sua cena uma facada, então vamos nos esfaquear esfaqueando o público? Vamos verticalizar o que começou? Depois daremos um MC LANCHE FELIZ 
Pedro Mendonça
Ótima imagem de carnificina, escritos, cuja luz é do fogo apagando o saber. Mas o que iremos queimar? A Bíblia? As enciclopédias? Você pode resgatar estas fogueiras? Desde as bruxas até a fogueira SANTA DE ISRAEL (veja no YOUTUBE Igreja Universal), veja também Hermann Nitsch, este performer dialoga bastante com o seu trabalho; Os ossos como materiais de encenação ;
Lucimelia Romao
A noiva submissa, a noiva que sorri? Ela é feliz? O que a noiva esconde? O que ela mostra? As sacolas são partes dela? São os fragmentos da dona de casa acoplada ao lar? Acho que você poderia trabalhar juntamente com a Iolanda sobre esta questão 
Iolanda De Lourdes
O vídeo é sem dúvida uma ESTRUTURA POÉTICA E AUTOBIOGRÁFICA da nossa relação incondicional com DEUS, pois todos passamos, ficamos, ouvimos, ELE. Acho a sua pesquisa super forte tanto para a chamada quanto para a ENCENAÇÃO. Gosto muito desta proposta permeando todo o espetáculo. 
Sabrina Mendes
Uma sinceridade absoluta. A devoção. Você traz (ou não) a outra face da Lucimélia. O desejo. O medo da perda? Quanto rezamos? Quanto de nossos sonhos há de mesquinhez, há de vil, quantas pessoas queremos amarrar nos nossos quartinhos. Quero a oração como parte da encenação. Você pode se debruçar sobre os santos que ajudam em todas as causas?




Matheus Correa:

 Júnio - Ótima instalação, e fez total relação a você pelo que percebi pelos seus relatos durante os encontros, gostei da escolha do espaço e como foi abordado o tema, me faz pensar em quantos jovens se crucificam dentro de si por censura do próprio corpo e mente.

Lucimelia - LINDO VESTIDO, me passe o contato do estilista! A ideia desde o início eu achei incrível por ter participado da construção, mas me fez pensar também no descartável, da mulher ser descartável, é ótimo essa ideia da noiva feliz para honrar seu homem acima de tudo.

Camélia - Sem querer já havia vivenciado o mesmo, só que dentro da igreja! E ainda me lembro da decepção que foi me ver espelho e esse sentimento me voltou quando vi você ao montar, decepção de que Deus não tem 3 metros de altura, barba branca e vive em uma nuvem e que pode ser um humano como nós adorei o questionamento "será que somos divinos como ele? E ele humano como nós?" são contra pontos interessantes!

Pedro - Forte imagem a sua instalação, quantos veem o conhecimento se esvair sem nada fazer? me senti nesse lugar! Não sei se foi esse o sentindo da queima dos livros. Também me fez pensar em quantos se crucificam junto ao cristo na parede e nada fazem só vivem daquela palavra e nada mais!

Luís - Não vi inteira, mas mesmo assim foi uma facada na barriga! Muito potente a questão do aleijado com as falas " jogue suas mãos para o céu!" e etc. O desespero de nada poder fazer foi gradativo ate culminar no vídeo que foi a cereja do bolo (não gosto de cereja) e reforçou ainda mais a passividade que nada questiona só faz e é levada ao abate! Vejo eu como uma cena pronta!

Sabrina - A SINCERIDADE EM PESSOA! Amei de paixão a sua instalação, passou toda essa ideia de aprisionamento e condicionamento do marido a esposa e o desejo de toda mulher de ser amada visceralmente e desmesuradamente!



Luís Lebre 

Peço desculpas para alguns membros cujas instalações e ações eu não pude acompanhar, tive um problema com a caixa de som e com o projetor que só pode ser obra do demônio. Comentarei então cada uma baseado na minha presença ou a partir da observação das instalações que, a partir da ótima sugestão do MARCELO , ficaram “expostas” pelo prédio do REUNI. 

JÚNIO CARVALHO – BANHEIRO SUJO - Acho muito potente a escolha do banheiro, este lugar onde as sujeiras são retiradas e onde podemos – à portas fechadas – praticar ações renegadas socialmente. O banheiro este lugar de contato com o que somos, lugar do corpo nu, do corpo a corpo. Ali, como que preso por alguém estão crucificados os “pecados” de todos nós. Semi nu ele se oferece á observação de quem quer que entre, mas sempre homens. Diversos filmes que abordam questões ligadas a gênero e sexualidade tem o banheiro como cenário de suas tramas. Saindo do Armário (Get Real) do diretor Simon Shore tem diferentes e memoráveis cenas no banheiro, seja como lugar de encontro ou desencontro entre homens. Acredito que devemos pensar na possibilidade de mantermos este local como possível espaço para encenação. O banheiro e sua função de limpeza, higienização e assepsia me lembra as pias batismais, a acústica favorece a experimentação com a voz e sons e penso em confessionário toda vez que vejo uma baia! As portas que revelam apenas os pés e calçados oferecem diversas possibilidades para cenas. 

CAMELIA AMADA – ANTES ERA O VERBO - O espelho oferece um confronto com um DEUS enquanto contato com o que eu próprio sou. Adoro a ideia da personalização oferecida, da exclusividade de se encontrar com DEUS ali, na banalidade de um corredor! A perfeição da presença divina ofertada em um cartaz vulgar, ordinário, mas ao mesmo tempo simples, próximo e acessível. Como ofertamos DEUS? Como a oferta do DIVINO acontece? Onde mora nosso DEUS? Que lugar reservamos para ele? Quais as estratégias de se oferecer encontros com o divino, mas principalmente como nos responsabilizamos pelo DEUS que escolhemos? Como defendemos o que nos é importante acreditar? 

MATHEUS COIMBRA – NAS MÃOS DO SENHOR - Manipulados, controlados somos. Mas até que pontos não enterramos dogmas e seus livros em nossas cabeças? A figura me lembra um DEUS infantilizado, pastor amável, velho bom e generoso. Que nos conduz, nos leva até seu caminho de luz e salvação. Talvez o caráter didático da manipulação possa ser estendido para outros olhares. Como manipulamos as interpretações das escrituras sagradas a favor de interesses próprios. Como os líderes religiosos manipulam seus seguidores em função de pensamentos favoráveis a suas práticas. Como os ateus fanáticos manipulam de teorias filosóficas á meros “achismos” como meio de validar seus discursos preconceituosos.

LUCIMÉLIA – CASAMENTO PLÁSTICO – Fora da igreja, sem noivo, sem presentes, só o sorriso e a passividade. Seu vestido é de restos, sacolas descartáveis, o que importa é o casamento, subir no altar e sorrir, descer do altar e sorrir. Vazias as sacolas podem ser cheias de tudo o que se possa comprar. A noiva possibilita discussões sobre a capitalização da religião e de suas práticas. Todos os sacramentos envolvem alguma quantia em dinheiro, seja para a realização efetiva – caso do casamento – seja na compra de roupas cujas cores e padrões devam obedecer códigos sociais de origem perdidas no tempo. Mas pode trazer discussões sobre machismo e a salvação pelo outro, por um acordo e convenção social. Mulheres Perfeitas do diretor Frank Oz é um filme que dialoga com sua instalação. Pensei em uma noiva que já traz em seu corpo toda a necessidade do casamento, toda a felicidade, uma noiva DEUS que comporta todas as curas e todas as resoluções. Mulheres que param tudo o que estão fazendo quando seus maridos chegam, costelas ambulantes a serviço dos “provedores”...

PEDRO MENDONÇA – DESCE COMO FOGO – A cruz não é presa ao chão, ela flutua, dança desdenhando do fogo que aqui nunca a atinge. O fogo dos livros queimados, o índex aproveitado para queimar as bruxas, uma economia que eleva a crueldade aos céus. Ossos, restos, malcheirosos expondo os absurdos da violência do passado e de cada dia. O fogo é o da vela e é o mesmo fogo que mata, que desce em pentecostes, que sacrifica o carneiro. Essa cruz diminui distâncias, sua descida já leva a cremação. Muito forte a imagem, sugere cenas potentes. Adriana Varejão, Marina Abramovic podem contribuir e eeu sempre penso no excesso! Megalomaníaco desejo muitos ossos e grandes fogueiras, imagino a cena de um capataz que nunca para de trazer lenha tão grande é a necessidade da fogueira que queima tantos pecados contabilizados por um contador de pecados.

MARIO DMNLL – CONEXÃO COM O PECADO – Adoramos o tecnológico, rezamos para que tudo funcione. Ajoelhamos para as novas criações e a despeito de DEUS tenho acesso a tudo o que desejo sem interferências e mediações. Um clique vale mais que uma oração e os manuais substituem facilmente minhas bíblias. Nossos rituais contemporâneos são de qualquer modo tão iguais aos que nos criaram. A onipresença da comunicação via internet deixa deus retrógado, com sinal atrasado. Velas de sete dias virtuais. Pedidos de oração e bênçãos de água a distância. Os protestantes que renegam a imagem donos de canais de televisão. DEUS está em toda parte, principalmente on line. Quero robôs que rezam sem cessar. Quero ressuscitadores de programas e fiéis. Quero a apropriação do tecnológico pelo divino já que tudo é de DEUS.

SABRINA MENDES - PRESA À VERDADE – O amor e a posse como religião, controle e adoração. O que é o ciúme senão também a luta contra o instável, contra a morte e o fim. Vejo no desejo de posse do outro o controle e a eternidade. O amor perpetuado e por toda a vida, até que nem mesmo a morte nos separe. Me lembrou dos quartos de enclausuramento sem janelas. Recantos de adoração e oração como redutos do outro. Templo de adoração do outro, de posse e controle do que é o outro, do que pode o outro, pura religião. Meu corpo e minhas escolhas como religião, se a verdade doesse menos que a prisão admitiríamos que todos temos algo a ser preso, com linhas bem mais fortes que barbante de algodão.


Júnio de Carvalho

 Luís, a saltitante > você conseguiu, facilmente, ilustrar o jogo de poder que há nas autoridades cléricas, mostrando a subestimação e cegueira dos conformados leigos (carneiros) e também a hipocrisia instalada nestas relações. Acredito que podemos ampliar e potencializar muito mais a figura daquele que não se enquadra nos dogmas religiosos, seja por motivos físicos ou comportamentais, como você representou um cristão (no caso, se enquadra mais) que não tinha braços, sendo que nas celebrações católicas a mão é o principal instrumento de adoração e oração. 

Camelia, anada > eu também já tinha me deparado com esta situação e acredito que devemos trabalhar em cima dela sim, pois é potente esta "aproximação" com o celestial. E as pessoas que não se enquadram nos preceitos cristãos, ela são à imagem e semelhança de Deus? Como diferenciar? Como ampliar a imagem de Deus como humano. Acho que poderia trazer também pra relaçao de Deus criou o homem ou o homem criou Deus?

Matheushhh, o anjo > mostra também o jogo de poder e influencia existente nas relações entre cleros e leigos. Podemos criar manipulações de corpos, ideias e/ou comportamentos. Acredito que seria interessante trabalhar mais na ideia de um Jesus infantil ou talvez até bobo pode trazer um desconstrução e desromantização destes...

Dmnll, A-E-I-O-U 123 > Em termos de estética sua instalação foi maravilhosa e provocadora. A centralização do pecado vista como um motivador ou tônus para caminharmos. Penso que podemos ampliar este peso dado ao pecado e culpa, vistas como a última coisa do mundo. E como já disseram, seria interessante resignificarmos alguns elementos como a maça ser a da Apple. No mais, é isso! Com você, teremos um grande presente na estética do espetáculo

Romao, a cotista > Ventido mara! RÁSÔ! Algo que podemos discutir no cunho comercial e cristão. A mulher que nasceu e foi criada pra casar e vê isso como único motivo de viver. A mulher que se apropria do mercado para se sentir bonita e realizada?

Mendes, de Elói Mendes > muito potente mesmo sua ideia de restringir um casal às possibilidades, de enquadrar visões e comportamentos. Estar presso a si mesmo! Pergunto, o que, materialmente, te prenderia (ao invés de cordinha de barbante)?

2 comentários:

  1. É OK para usar esta foto maravilhosa no meu blog espiritualidade LGBT? O que você quer que eu diga no crédito da foto? Is it OK to use this wonderful photo on my LGBT spirituality blog? What do you want me to say in the photo credit?

    Aqui está um link para meu blog: http://jesusinlove.blogspot.com/2012/08/gay-christ-wears-rainbow-flag-in-art-by.html

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